Não acredito que inventei o “querer ir no bairro Liberdade”. Por que não falei com as meninas “ah, hoje vou pro hotel, tô meio cansada…”?
Agora estou eu aqui, indo pra debaixo da terra, comprar uma passagem, para andar numa espécie de trem super rápido, MAS QUE PASSA POR DEBAIXO DA TERRA. Senhor, não deixe a cidade de São Paulo cair enquanto eu estiver debaixo da terra, por favor!
Como cabe tanta gente aqui em baixo? Eles já viram qual o tamanho do transporte? Não vai caber todo mundo ali dentro, tenho certeza disso…
A Tatiane disse que eu não vou me perder nem cair, só não sei como vou conseguir isso, NÃO CONSIGO SEGURAR EM NADA, misericórdia, esse lugar tá mais cheio que o ônibus transcol.
– Desculpa, moça!
– Grrrrr!!
– Tadinha da Amanda, pedindo desculpas para as pessoas dentro do metrô…
– Uai, não consigo não pedir desculpas depois de esbarrar nelas.
– Com o tempo você aprende que, no metrô, isso não faz diferença…
Acho que já perguntei umas três vezes para Camila e pra Tatiane se a gente já chegou. Segundo elas vamos saltar num lugar, sair por um lado, entrar num dos coisos do metrô (isso pode ser chamado de trem?), esperar passar 3 estações e depois vamos descer. Vou continuar segurando no braço da Tatiane, se me soltar é capaz de parar lá em Mogi das Cruzes ao invés do bairro Liberdade.
– Aaaaaah, não acredito, chegamos à Liberdade, a Letty ia amar isso aqui, um dia eu tenho que trazê-la aqui!