Não sei vocês, mas sou uma pessoa, que sem perceber, sempre tenta entender a situação de uma pessoa. Muitas vezes me colocando no lugar dela e até mesmo acabo me sentindo, realmente, mal por ela.
Por incontáveis vezes já chorei por sentir dores de amigos e até de pessoas que nem ao menos conhecia. Sei que isso não ajudaria, mas fazia a única coisa que podia (além de chorar) que era orar.
Porém ultimamente percebo que as pessoas estão vivendo apenas no mundo delas. Se as coisas estão bem para elas, que danem-se as outras.
E, por essa razão, acabo me estressando com elas muito mais do que gostaria.
Vocês já pegaram um ônibus lotado, que mal cabia você em pé, enquanto vocês estavam com uma mochila mais pesada que vocês, e NINGUÉM pediu para segurar sua bolsa, ou ao menos deixou você colocar perto dos pés dela? Pois bem, eu já.
Sei que podem estar pensando “Amanda, se sua intenção é dizer que as pessoas devem segurar sua mochila, esquece, porque ninguém é obrigado a segurar a bolsa de ninguém!”, eu sei disso, mas sabe, muitas dessas pessoas, que estão sentadas, são pessoas que carregam bolsas pesadas todos os dias, e, às vezes, não conseguem ir sentadas no ônibus. Sabe o que acontece? Quando é você que está sentado elas te olham com cara feia, te batem com a mochila, e se bobear até sussurram (quase gritando) que as pessoas andam sem educação e nem se colocam no lugar do próximo.
Nesse momento, o momento crítico em que a pimenta está ardendo no olho, que elas querem que alguém faça algo por elas.
E é por isso que eu digo, se as pessoas começarem a pensar mais no próximo, antes que a situação crítica acontecesse, as coisas vão começar a andar. E não pense “ah, mas andei de ônibus todos esses dias e ninguém segurou minha bolsa, então não vou segurar a de ninguém”, porque se todos pensassem assim aquela menina que entrou com uma mochila no ombro direito, enquanto segurava apostilas e um livro (com mais de 500 páginas) no braço esquerdo, enquanto segurava na barra do ônibus com a mão direita, com certeza teria caído de cara no chão na primeira curva, caso ninguém tivesse resolvido pegar essas coisas da mão dela.
Por isso eu digo: posso segurar a sua mochila, moça? Parece estar bastante pesada.