Teve uma música para a parte 1, então óbvio que teria para 2: comecei a gostar dessa música por causa da Patty e gravei porque ela me encorajou, então nada mais justo que colocar aqui esse vídeo.
Confesso que depois que a Débora foi embora foi muito estranho, a casa ficou mais vazia (imagino que a Lila e o Marcel tenham estranhado isso mais do que eu, afinal eles estavam em 3, depois ficaram em 8 e do nada começaram a ver o número diminuindo de novo…), quando falávamos algo engraçado não escutávamos mais uma risada de porquinho e o amontoado de colchões, que antes dormiam 3 juntinhas, tinha um espaço vago.
Mas bem, querendo ou não os dias continuavam passando, a vida tinha que seguir o ritmo e se manter de boa (ou tinha que tentar pelo menos) e a gente precisava se preparar para as novas mudanças que viriam.
Depois que Débora foi embora comecei a me dar conta que em breve a Patty iria também e que eu não podia perder a chance de aproveitar minha prima.
Lembro que tiveram vezes (muitas por sinal) de ela ir ao banheiro e eu ficar sentada perto da porta ou ficar sentada na tampa do vaso ou na beira da banheira. Não queria ficar longe dela, porque estar perto dela me trazia um conforto e segurança que tinha sido construído há uns anos.
Um ponto bonito e triste para ser acrescentado aqui é que: Em todas as coisas trágicas da minha vida a Patty esteve presente.
- Teve uma vez em que levei uma pedrada na cabeça: a Patty foi me acudir na coordenação;
- Quando papai faleceu: Patty ficou morando junto com a gente até o fim do ano, para termos companhia;
- Quando tive meu coração partido: Patty estava lá para me aconselhar e dizer “o que estou dizendo pode não ter sentido nenhum agora, mas uma hora vai ter… ou não”;
- E ali estava ela, dividindo um colchão e o início de vida quando me mudei para um novo país.
Patty ficou com a gente até Abril, perto dos dias de ela ir embora eu até acordava cedo para levar Maria na escola com ela e tinha o privilégio de ver ela usando o look mais sensacional da vida: calça moletom do Harry Potter, com um casaco divoso e tênis de caminhada.
Quando Patty foi embora minha vontade de fazer qualquer coisa diminuiu drasticamente, mas o “querer fazer nada” me aproximou mais do foco central da minha existência: Jesus.
Meu Deus! Como não chorar lendo isso? ??????
Te amo, meu bebê Piupiu!
Princesa digna de ser amada!
Baldinho de amor de Jesus!
Minha amiga mais nova mais sábia de todas!
Se não for pra fazer as pessoas chorarem com uma pequena homenagem dessas no meu blog, eu nem escrevo!
Eu te amo, Patty, e sou muito grata a você por ter me mostrado o quanto eu sou importante e o quanto sou amada mesmo quando pensava não ser.