Bom, em Fevereiro fez 1 ano que estou morando aqui, isso até falei logo no início desse monte de postagens sobre minha mudança, e hoje posso dizer com tranquilidade e calma no meu coração: no momento eu estou onde realmente deveria estar.
No começo, até quando fomos para nossa casa, eu não me sentia “em casa”. Lembro até de um dia em que disse para mamãe que estava ali só para dormir, que nem sabia porque tínhamos uma casa com todos os cômodos se apenas ficávamos na cozinha e depois no quarto. E mamãe, mesmo tendo ficado triste comigo pelo que tinha dito, teve a paciência e sabedoria para conversar comigo e esperar o meu tempo de adaptação se estabilizar. E, como em todas as outras vezes, me deixou chorar no ombro dela, até recuperar minhas forças assim como ela fez nos meses mais tempestuosos…
Lembro do meu pior mês, Julho, que para minha infelicidade eu chorei TODOS OS DIAS, principalmente porque tinha mudado de loja, nesse caso era a última a sair, então tinha que limpar tudo antes de sair, assim enquanto limpava a loja sozinha, eu só chorava. Porém acredito que isso tenha me ajudado a limpar minha alma, porque sempre que eu chorava, instantaneamente, orava, então…
Mas graças a Deus os dias foram passando e hoje, quando saio do serviço, conto os minutos para chegar no aconchego do meu lar. Não importa se é para ficar na cozinha com mamãe e Letty, ou na sala, ou no quarto, ou sei lá! só de saber que estou indo para casa já me alegro. Só de saber que a minha família estará lá, esperando por mim para tomarmos café, eu já fico mais feliz e grata.
Confesso que nesses últimos dias tem acontecido coisas até engraçadas, pois quando estou saindo do serviço , quando pego o ônibus e saio andando por essas ruas à fora e quando apanho o trem, tenho a sensação de que sempre estive aqui. De que essa rotina, essa jornada e tudo fazem parte da minha vida e transformam cada minuto numa espécie de lar.
Essa sensação, além de parecer engraçada, traz um alívio ao coração e te ajuda a sentir que encontrou o seu lugar.