A distância relativa

Eu sempre tive dificuldade para começar qualquer tipo de texto, mas acho que nesse caso devo me apresentar e contar da minha relação com a mulher mais incrível que é a dona e escritora desse blog.

Bom, me chamo Lara e moro no BR. Conheci a Amanda em 2015, no significado mais bruto da palavra. Eu era segundo ano e ela terceiro, do ensino médio, nos conhecemos indiretamente, mas logo depois a poeira cobriu tudo.

No dia 09 de fevereiro de 2018 (olha, deu um trabalho danado achar essa data porque tive que rolar toda a conversa no direct do Instagram) eu respondi um story dela, mas nossa linda amizade não começou assim do nada, ela não me dava moral, percebi que, com o processo de rolar a conversa, ela meio que não respondia umas mensagens, bobas até, mas eu continuava respondendo os stories dela, até que fomos para o whatsapp.

Quando Amanda me disse que tinha se mudado para Portugal, até que foi OK, não TÃO ok né, visto que geralmente as pessoas se mudam para outros bairros e não outros países, mas foi OK pelo fato de que não tínhamos a amizade de agora, logo, para mim não fazia muita diferença. Mas tudo mudou quando ficamos amigas. Porque tive e tenho vontade de vê-la, de ir a lugares com ela, de abraçá-la em momentos turbulentos e dizer que eu estou ao lado dela, e que o nosso Deus é maior que qualquer obstáculo que esteja à frente.

Não que eu não possa dizer essas coisas, mas o abraço sempre falta. Entretanto, um dia resolveremos isso, quando ela vier ao BR e quando eu for a Portugal -cenas para a próxima temporada- e será esplêndido.

Eu e a Amanda convergimos e divergimos em vários pontos, e eu amo isso. Podemos sempre ter discussões saudáveis e passar conhecimento uma para outra, tudo pelo whats, insta e twitter.

~TECNOLOGIA, EU TE AMO, graças à Deus tivemos a terceira revolução industrial~

Depois de meio texto descobri que estou tangenciando o tema, mas enfim, Amanda e Portugal, nossa amizade e essa distância, casais que aparentemente não são shippáveis, mas você aprende a amar com o tempo, no sentido de todo o crescimento que tiveram juntos e como isso acrescentou na vivência.

Eu acredito que tudo nessa vida tem um motivo, não só com coisas do coração, mas também com coisas humanas comuns. Os caminhos que trilhamos desbloqueiam uma infinidade de níveis pela frente. Minha querida sunshine, eu me orgulho da grande (não literalmente) mulher que se tornou.Ficar distante da família e amigos é horrível, e vejo o quanto sente isso, mas também vejo o leque de futuros possíveis que pode ter.

Portugal é apenas o segundo país, você passará por muitos mais.

É muito chato não poder ir até a sua casa para lermos esse texto juntas e consertarmos os erros de português, mas não fico brava por ter ido embora.

E entendo que temos etapas na vida, e eu torço por essa sua ser um sucesso, mas também torço para nos vermos logo, pela primeira vez como amigas, e podermos fazer as coisas sem sentido, as vergonhosas e também as normais que tanto planejamos.

Espero que não soe egoísta, mas será que seríamos tão próximas se não estivéssemos tão distantes?

Com amor, pudim.

3 comentários em “A distância relativa”

  1. Uma bela de uma história.
    As pessoas estão se tornando cada vez mais frias, e, ainda que com recursos tecnológicos para uma aproximação, as relações continuam frias é sempre bom ter alguém com quem contar, muito feliz pela amizade de vocês, parabéns.

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