Causos dentro de um ônibus

Eu não vejo a hora de ter um carro, poder sair de casa faltando 30 minutos para dar o horário de entrada na faculdade. Não chegar toda suada, nem grudenta, nem nada… Mas primeiro preciso não ter medo do trânsito, e preciso ter uma carteira e um carro, e o melhor de tudo, preciso ter dinheiro para pagar a carteira e comprar um carro.

Enquanto esse momento não chega, continuo nessa fila lotada, quer dizer, na segunda fila lotada, esperando o ônibus que deve estar vindo por aí, pera… são 17:09, já era para o ônibus ter vindo. Agora tudo faz sentido, por isso a fila tá tão cheia! Será que alguém sabe por que esse ônibus não passou? Os outros ônibus estão passando de boas…

 – Que ônibus cocozento, cara. Por que não pego outro? Ahhhh, vamos pegar outro…

 – Só… acho… que tenho… que parar… de falar… sozinha!

Misericórdia, tô sedentária demais, não corri nada e tô morrendo. 

 – Que tenha lugar pra sentar, que tenha lugar pra sen… Ainda bem!


Pelo menos esse ônibus não tá tão cheio quanto pensei que estaria, e ainda são 17:13, então só o que faz ele demorar é passar por outro terminal, mas de boas…

 – Eiiiii, ainda lembra de mim?

  ~ Não vou prestar atenção na conversa dos outros, não vou prestar atenção na conversa dos outros ~

 – Menino, claro que lembro, tá sumido, hein? Ainda tá morando aqui?
 – Quem tá sumida é você. Eu tô sim, e você, está vindo muito pra cá? 
 – Vou voltar a morar aqui, em breve, você vai ver!
 – Que bom. Ah, eu não tô gordo não, tá? 

  ~ Não prestar aten… Pera, como assim? Moço, que conversa é essa? ~

 – Sério? Eu reparei que você tá meio cheinho, ia até comentar com você, o que aconteceu, menino?
 – Ah, não sei, já fui no médico e nada, fiz várias ultrassoms e nada. 
 – Isso deve ser muito ruim, você tá fazendo exercício?
 – Eu fiz, mas me deu falta de ar, mas vou em busca de saber o que é, da pra ver que meu físico é de magro, não entendo isso. 

  ~ Moço, me desculpa, não podia estar prestando atenção na sua conversa…  Mas realmente, tu tá com uma barriguinha.  ~

 – Vai em busca de saber mesmo, menino.
 – Eu vou, mas agora vou saltar, manda um abraço pra fulana e ciclano.
 – Pode deixar, até a próxima.

Como assim? Essas pessoas não se viam há um tempo e o cara fala da barriga dele? Moço, tá errado isso, cadê o “como vai a família?”, tu pulou algumas etapas. Ainda bem que ele desceu, acho que não ia conseguir evitar olhar pra ele, pessoas com assuntos aleatórios me fazem ficar prestando atenção em suas conversas e pior me fazem ter muita vontade de rir! Espero que por hoje seja só, se mais uma dessas coisas acontecerem no ônibus que eu estiver, tenho quase certeza que apanho…










Moço e moça, se vocês, por acaso lerem esse post, saibam que eu não escrevi isso para zoar com vocês, vocês acabaram por servir de inspiração para um post engraçado da minha (nada mole) jornada dentro do ônibus, então obrigada! 

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