Com primas X Sem primas (parte 2)

Teve uma música para a parte 1, então óbvio que teria para 2: comecei a gostar dessa música por causa da Patty e gravei porque ela me encorajou, então nada mais justo que colocar aqui esse vídeo.

Confesso que depois que a Débora foi embora foi muito estranho, a casa ficou mais vazia (imagino que a Lila e o Marcel tenham estranhado isso mais do que eu, afinal eles estavam em 3, depois ficaram em 8 e do nada começaram a ver o número diminuindo de novo…), quando falávamos algo engraçado não escutávamos mais uma risada de porquinho e o amontoado de colchões, que antes dormiam 3 juntinhas, tinha um espaço vago.

Mas bem, querendo ou não os dias continuavam passando, a vida tinha que seguir o ritmo e se manter de boa (ou tinha que tentar pelo menos) e a gente precisava se preparar para as novas mudanças que viriam.

Depois que Débora foi embora comecei a me dar conta que em breve a Patty iria também e que eu não podia perder a chance de aproveitar minha prima.

Lembro que tiveram vezes (muitas por sinal) de ela ir ao banheiro e eu ficar sentada perto da porta ou ficar sentada na tampa do vaso ou na beira da banheira. Não queria ficar longe dela, porque estar perto dela me trazia um conforto e segurança que tinha sido construído há uns anos.

Um ponto bonito e triste para ser acrescentado aqui é que: Em todas as coisas trágicas da minha vida a Patty esteve presente.

  • Teve uma vez em que levei uma pedrada na cabeça: a Patty foi me acudir na coordenação;
  • Quando papai faleceu: Patty ficou morando junto com a gente até o fim do ano, para termos companhia;
  • Quando tive meu coração partido: Patty estava lá para me aconselhar e dizer “o que estou dizendo pode não ter sentido nenhum agora, mas uma hora vai ter… ou não”;
  • E ali estava ela, dividindo um colchão e o início de vida quando me mudei para um novo país.

Patty ficou com a gente até Abril, perto dos dias de ela ir embora eu até acordava cedo para levar Maria na escola com ela e tinha o privilégio de ver ela usando o look mais sensacional da vida: calça moletom do Harry Potter, com um casaco divoso e tênis de caminhada.

Quando Patty foi embora minha vontade de fazer qualquer coisa diminuiu drasticamente, mas o “querer fazer nada” me aproximou mais do foco central da minha existência: Jesus.

2 comentários em “Com primas X Sem primas (parte 2)”

    1. Se não for pra fazer as pessoas chorarem com uma pequena homenagem dessas no meu blog, eu nem escrevo!
      Eu te amo, Patty, e sou muito grata a você por ter me mostrado o quanto eu sou importante e o quanto sou amada mesmo quando pensava não ser.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima