Uma simples, mas não tão simples assim, eu

Olá, pessoas.

Como vocês estão? Eu estou bem, graças a Deus.

Para as pessoas que pararem para ler essa postagem deixo um aviso: falarei sobre coisas a respeito da minha pessoa, ok? Ok.

Uns dias atrás minha prima escreveu um texto e pediu para eu dar uma lida para ver se tinha algum erro, se ela tinha comido alguma palavra, coisas assim. Depois que eu mandei o texto “corrigido”, ela me disse que seria para postar, porque as pessoas nos seguem e nem sabem quem somos. E eu comentei com ela que isso era bom, não tentarmos viver de fachada mostrando ser o que não somos, mesmo se tratando de redes sociais e tudo o mais, porque a vida já é complicada demais pra gente tentar complicar mais um pouco criando algo que não existe.

E é por isso que hoje, nesse 3º ano do blog, resolvi falar um pouco sobre a pessoa, não tão simples, que fala aleatoriedades no Uma Simples Eu.

Quando eu criei o blog, em 2015, escolher um nome para ele foi difícil e ao mesmo tempo fácil para se decidir, isso porque na hora eu pensei “vou mostrar a minha simplicidade através das palavras, então nada mais justo que ‘Uma Simples Eu’!”, mas ao mesmo tempo fiquei em conflito pensando “o que as pessoas vão achar de um blog com um nome tão sei lá?”. Porém, como podem ver, ignorei esse segundo pensamento e segui firme e forte com o nome que tinha pensado, e não vou mentir, durante esses anos todos pensar na simplicidade dos sentimentos transmitidos através das palavras contidas nos textos (mesmo que os mais sem noção) me deixavam MUITO feliz, porque só me faziam ter certeza que escolhi o nome certo!

Entretanto nem tudo é um mar de rosas, certo? E acredito que, com o passar do tempo, fui tendo medo de mostrar um pouco desse meu lado, o lado mais “eu”, fugindo daquilo que pensei, sonhei e falei que faria por aqui. Mais uma vez comecei a pensar no que as pessoas pensariam a meu respeito, o que pensariam se eu escrevesse textos sobre amor, sobre meu dia, se apenas usasse esse espaço para desabafar de uma forma que eu bem sei como fazer… o que pensariam se falasse só de livros para logo numa próxima postagem falar algo sobre Jesus.

Comecei a me manter presa na imagem que o blog deveria transmitir, fiquei presa naquilo de “o layout do blog tem que ser o melhor, senão nem dá ânimo para postar qualquer coisa”, e com isso comecei a me fechar quanto a escrita, pensava em N coisas para escrever, mas quando entrava no blog e não via o que queria que as pessoas vissem (que por sinal não era mais a simplicidade inicial) não conseguia escrever e ia fazer qualquer outra coisa.

Acontecer isso já foi triste, mas se tornou pior quando se ampliou para as outras áreas da minha vida.

Quem me segue nas redes sociais deve perceber que gosto muito de ser uma pessoa aleatória, que posta coisas aleatórias, que compartilha memes e coisas sérias numa mesma semana ou, até mesmo, num mesmo dia. Quando vou em um lugar acabo tirando muitas fotos e quero postar todas elas, quando não posto todas encho meus seguidores de stories.

Porém de uns tempos pra cá eu tenho postado/compartilhado bem menos do que queria, por pensar “o que as pessoas vão pensar de mim se as encher de fotos, vídeos e sei lá mais o que?” “Vei, fulano postou tal coisa, vai que pensa que to copiando… não vou mais postar” ou quando chego a postar apago antes mesmo de alguém ver, por me arrepender de ter postado (sendo que não tinha NADA demais). Cada vez que posto alguma coisa podem ter certeza que passei por uma batalha terrível dentro de mim, como se eu quisesse ser eu mesma, mas eu mesma me bloqueasse e me sabotasse quanto a isso.

Cada vez que posto um vídeo no stories, por mais besta que seja, ou mais de uma foto no Instagram, ou até mesmo algo que EU escrevi no Facebook, eu sinto orgulho de mim. E sim, sei que parece bobeira, mas para mim (mesmo não parecendo) foi um grande desafio em não pensar no que as PESSOAS podem pensar, e sim no que eu to pensando e achando daquilo.

Fora das redes sociais passei por uns perrengues quanto a me aceitar. Quantas vezes me olhei no espelho e apenas quis esconder meu corpo, minhas gordurinhas, quis prender meu cabelo por estar zoneado demais, só andei de tênis por não estar com as unhas bonitas ou até mesmo deixei de ir aos lugares por não achar que estaria bem vestida como as pessoas que lá estariam. Quantas vezes sentei na minha cama e apenas chorei por não me sentir amada o suficiente, e no meio dos soluços pedi a Deus para que me levasse, já que no meio disso tudo Ele era o único que eu tinha certeza que me amava…

Porém to aprendendo que antes de me amarem devo me amar, que minhas gordurinhas estão ali porque comi e como tudo que me dá na telha, que meu cabelo pode estar zoneado, mas que tenho que ser grata e feliz por ter cabelo. E, mais uma vez, quanto ao amar, mesmo que eu não ache que as pessoas me amem, elas me amam, cada uma do seu jeito, cada uma demonstrando da maneira que bem sabe, e que não devo cobrar delas por não ser da maneira que EU queria que fosse, mas sim ser grata por tê-las e por ser, de alguma forma, amada quando nem merecia isso.

E hoje posso dizer que estou dia após dia tentando quebrar essas, e tantas outras situações, que minha própria mente criou/cria. Como diz minha irmã, to tentando “ser feliz sem me importar com as pessoas”. E não, não me acho uma pessoa triste, me acho uma pessoa complicada, que complica as coisas mais simples da vida e as transforma em grandes montanhas.

E, no meio disso tudo, volto a pensar que “Uma Simples Eu” seja o melhor nome para esse blog, não por eu ser simples, mas talvez por estar indo em busca de uma simplicidade, amor e paz que espero, e sei que vou, encontrar, principalmente com a ajuda dAquele que é O próprio amor e nos enche de paz.

2 comentários em “Uma simples, mas não tão simples assim, eu”

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